quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

VULCÃO VILLARRICA - CHILE



O Vulcão Villarrica é um dos passeios imperdíveis da região sul chilena. Está situado na cordilheira dos Andes, na região da Araucania. Seu cume se encontra a 2843 m de altitude e em seu sopé encontram-se as cidades de Pucón e Villarrica. Este vulcão permanece coberto por neve durante todo o ano e é também conhecido como Rucapillán, ou “casa do demônio” na língua mapuche. Ele, junto com o Quetrupillán e o Lanin (sendo que o último é compartilhado pela Argentina e pelo Chile) encontra-se dentro de uma área de preservação ambiental conhecida como Parque Nacional Villarrica. O Villarrica é um dos mais ativos de todo o Chile. Sua última grande erupção ocorreu em 1985, quando a população de Pucón teve de ser evacuada (embora a lava não tenha atingido a cidade). Ainda hoje, quase 30 anos depois, é possível identificar o trajeto que a lava tomou nesta erupção pelas ravinas formadas no sopé do vulcão. Embora na atualidade ele não esteja em erupção, é comum observar fumarola ser expelida de sua cratera. Apesar de não estar extinto, passeios turísticos no vulcão são bastante comuns. No verão, agências de turismo situadas em Pucón oferecem serviço de guia e aluguel de equipamento para a escalada ao vulcão. A subida, embora cansativa, não exige grande conhecimento técnico de alpinismo ou “andinismo” (como o esporte é conhecido nos países andinos), uma vez que a escalada é, em sua maior parte, uma caminhada íngreme, porém é altamente desaconselhável realizá-la sem acompanhamento de pessoal qualificado e equipamento adequado. Pois há trechos bastante escorregadios, principalmente nas proximidades do cume, e é comum que rochas se desprendam e rolem montanha abaixo. Há também um centro de esqui na encosta do vulcão, que opera no inverno (julho / setembro). Este centro de ski, assim como muitos outros, conta com uma infra-estrutura completa para os turistas, e dispõe de seis teleféricos, 20 pistas de esqui e snowboard (com níveis para principiante, médio, avançado e fera), um bar e restaurante, kid’s club (área com atividades infantis) e muito mais.
Quando planejamos este passeio aos Lagos Andinos, uma região localizada ao sul do Chile e da Argentina, que dizem ser à entrada da Patagônia, um dos nossos objetivos era a ascensão ao topo do Vulcão Vilarrica. E foi com este propósito que no dia 02/01/2011 saímos do Aeroporto de Santiago em direção a Temuco, cidade com aeroporto mais próxima a Pucón, que serve de base para quem gosta de esportes radicais, pois adrenalina é o que não falta.
No dia seguinte, após o café da manhã, saímos para marcar os passeios em uma das várias agências espalhadas pela cidade. A primeira que entramos foi a Andesmar onde fechamos todos os passeios, pois nela trabalha uma brasileira de nome Lays que é muito atenciosa com os turistas, principalmente com os conterrâneos. O dia 4 que tínhamos marcado inicialmente para o vulcão não seria possível, pois as condições climáticas não estariam adequadas, e a subida estaria liberada somente para o dia 5. Para nós uma decepção, pois neste dia estaríamos deixando Pucon as 12:00h, rumo a Puerto Varas, já com hotel reservado lá. O que fazer diante desse quadro, ir a Pucón e não ir ao Vulcão Vilarrica, logo para a gente que gosta tanto de aventura e ainda mais que seria a primeira vez que subiríamos um vulcão. A alternativa encontrada foi deixar o hotel as 12:00h, levando a bagagem para a operadora e na volta do vulcão, tomar um banho no hotel da própria Andesmar, comer alguma coisa e encarar a estrada, com um carro alugado, até Puerto Varas.
Finalmente chegou o grande dia e conforme o combinado as 7 da manhã, com um tempo nublado, pois uma espécie de neblina envolvia toda cidade, uma van nos pegou (Eu, Herbert e sua filha Camila) no hotel e nos levou até a agência, ponto de encontro da galera. Recebemos nosso material para a subida, alguns experimentado no dia anterior: mochila, casaco, crampon (ganchos para se colocar nas botas para andar no gelo), luvas, anorak, botas, polainas, touca, piolet (uma espécie de machadinha), uma calça e uma espécie de short(proteção para fazer o “ski-bunda). Além disso levamos nossa equipagem pessoal: 2 litros de água, sanduíches, roupas de frio, óculos de sol, protetor solar e labial e meias grossas.
Por volta das 8:00h partimos em uma van lotada praticamente por brasileiros em direção ao Vilarrica, a ansiedade era grande, e a medida em que íamos deixando a ............

Ver relatório da subida do Villarrica na íntegra no site: http://toperambulando.com.br/