sábado, 15 de junho de 2013

MORRO DO CASTELINHO OU MEU CASTELO - PETRÓPOLIS / RJ




No dia 15/06//2013, Eu e meu filho mais novo, Biel, encontramos mais 9 amigos do AZO no mercado São Sebastião e partimos em direção a Petrópolis , região serrana do Rio de Janeiro para conquistarmos pela primeira vez o Morro Meu Castelo, ou Castelinho, estes nomes provém da formação rochosa no topo da montanha, a qual se assemelha à um pequeno castelo, ou ainda Pedra da Boa Vista, nome dado pelos antigos a montanha.
Antes da partida para a cidade Imperial, debatemos sobre abortar ou não o passeio, pois as condições climáticas não eram muito favoráveis, porém, como para os montanhistas a melhor coisa é botar o pé na trilha, e ainda com o respaldo do nosso guia e amigo Ivo, seguimos em frente em direção a serra. A trupe totalizando 11 pessoas acomodadas em 3 carros, que após 5 minutos de estrada, já na Rodovia Washington Luís foi surpreendida por um tremendo temporal, fazendo com que o Ivo que ia com seu carro a frente, ligasse o pisca-pisca com intenção de parar, o que foi confirmado por ele mais tarde, mas acho que a nossa amiga Salete que estava no mesmo carro, deu aquela força para continuarmos. Hehehehehehehe. Mais adiante o tempo melhorou e já em Petrópolis, seguimos em direção ao bairro da Lagoinha, acima do Alto Morin, pela rua Augusto Severo, estacionamos os carros numa propriedade particular, bem na esquina da rua, onde à esquerda, existe uma rua bem íngreme, construída de paralelepípedos, tomada em parte pela vegetação, que nos leva ao início da trilha. Iniciamos a caminhada precisamente as 09:00h e aproximadamente 15 minutos depois, deixamos a
estrada e seguimos à direita através de uma trilha que nos levou a uma pequena floresta. A esta altura da caminhada a neblina já dava os primeiros sinais e logo chegamos ao primeiro mirante, uma enorme pedra, que subimos, tiramos fotos apesar de não ter visibilidade alguma. Continuando, e mais a frente, pegamos uma pequena trilha também a direita onde visitamos a Barragem Lagoinha, uma barragem de concreto armado com uma pequena ponte, que faz a captação de águas do manancial de superfície denominado Alto da Serra, operada e mantida pela Companhia de Águas e Esgotos do Município de Petrópolis – CAEMPE, mais algumas fotos e pé na trilha. Novamente no caminho chegamos a mais uma bifurcação, onde seguimos a direita, passando por um riacho e uma gruta. Logo alcançamos a parte alta da caminhada e a trilha pela mata termina abruptamente, dando lugar a um longo caminho por lajes de pedras e alguns trepa-pedras, que a essa altura do campeonato não dava para ver um palmo a frente, devido a densa neblina, lanchamos ali mesmo e para
surpresa de todos começou a cair uma chuva fina, que foi ficando mais intensa, com todos colocando seus anorakes e capas de chuva. Resolvemos então seguir um pouco mais acima, onde encontramos um abrigo entre as pedras e finalmente mesmo debaixo de chuva seguimos até o cume, onde nos abrigamos debaixo das grandes pedras que formam o conjunto rochoso do Castelinho. Do alto do Castelinho, com seus 1245 metros de altitude avista-se em dia de céu de brigadeiro toda a Baía de Guanabara, a baixada fluminense, ponte Rio-Niterói, Pão-de-Açúcar, Corcovado, Pedra da Gávea, etc, à esquerda, avista-se a Agulha de Itacolomi, à direita, o Morro do Miltão e a estrada da Serra Velha da Estrela e na parte traseira o visual de parte da cidade de Petrópolis. Dizem que é um cenário tão maravilhoso para ser observado que se leva pelo menos 1 hora para contemplá-lo por completo. Infelizmente não tivemos esta oportunidade devido as condições climáticas na área, mas com certeza voltaremos em outra ocasião, e quem sabe a sorte nos ajuda da próxima vez.
O local possui ainda várias opções para os mais aventureiros, que podem praticar rapel ou escalada, nos diversos grampos cravados nas rochas, que proporcionam níveis de dificuldades variados.Esta é uma caminhada clássica do montanhismo petropolitano, que apesar de ser considerada de nível leve, com duração aproximada de 1 hora de caminhada até o cume, todo montanhista que se preze deve conquistá-la pelo menos 1 vez.
Deixo aqui um recado para finalizar este belo passeio: Não pixem as rochas, mesmo que seja só para escrever seu nome e não poderia deixar de comentar também a grande quantidade de lixo deixada na trilha e principalmente no cume. Peço que tragam de volta todo o seu lixo. Todos agradecem, visitantes que irão depois de você e principalmente a natureza.

DICAS
- Ônibus: A partir da rodoviária pegue o ônibus para o Morin, Alto Morin ou Lagoinha. Depois pergunte qual o caminho para a torre do Morin. No topo da rua  Augusto Severo existe uma rua à esquerda onde você deverá subir e seguir esta rua estreita até quase ao fim onde se encontra a entrada da trilha.