sábado, 23 de agosto de 2014

PEDRA DA TARTARUGA E PRAIA DO MEIO - GUARATIBA/RJ



No dia 23/08, sábado ensolarado, Eu e meus amigos Ismar, Daniel e Binho, resolvemos realizar a trilha da Praia do Perigoso e Pedra da Tartaruga, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Ocultas pelo Morro de Guaratiba e bastante distante do centro do Rio de Janeiro, as praias de Búzios, Perigoso, do Meio, Funda e do Inferno são praias selvagens. Por localizarem na área do Parque Estadual da Pedra Branca-Reserva Biológica de Guaratiba, são tombadas e até mesmo o camping é proibido. As 5 praias desertas ficam na Ponta de Guaratiba, composta pelo Morro do Telégrafo e pela Pedra da Tartaruga. Estas praias selvagens também já serviram como posto avançado para a invasão da cidade do Rio de Janeiro pelo corsário francês Jean-François Duclerc.
Estacionamos o carro próximo a entrada da Restinga da Marambaia e depois seguimos pela Estrada do Canto da Praia até o seu final, onde subimos um conjunto de escadaria até chegar a Estrada Marlon Siqueira. Desse ponto já podemos visualizar o espetacular cenário da região, como a imponente e longa Restinga da Marambaia e a bela orla da Praia da Barra de Guaratiba. Seguimos a esquerda da Estrada e depois entramos a direita em uma servidão que foi afunilando até virar a trilha que atingiu nosso destino. A trilha é bem sinalizada e segue sempre margeando o lindo e recortado litoral de Guaratiba, apresentando a direita entre o mar e a trilha uma vegetação secundária de médio porte, que por diversas vezes nos brindava com vários mirantes apresentando panorâmicas espetaculares, como a Ilha Rasa e seu belo farol, cercada pelo um mar azulado e a Pedra da Tartaruga que de certo ângulo sabemos muito bem porque ela tem esse nome, pois apresenta uma formação rochosa idêntica ao animal.
Continuamos sempre pela trilha mais larga, ignorando algumas entradas secundárias que descem a encosta em direção ao mar. Depois de quase 1,5 km percorridos cruzamos um ponto de água conhecido como Riacho da Vovó, antes muito utilizado como fonte de abastecimento de água potável para os caminhantes ou para os que se arriscavam a acampar por estas praias, mais que infelizmente estava seca. Prosseguimos até uma bifurcação, onde em frente segue em direção as Praias Selvagens do Meio, Funda e do Inferno, descemos à direita uma encosta íngreme e bem erodida até a base da Pedra da Tartaruga. Neste ponto podemos optar por 3 caminhos, à direita segue para a Praia de Búzios, uma pequena praia sem areia, cheia de pedras, à esquerda alcança a Praia do Perigoso, e também a direita segue em direção ao topo da Pedra da Tartaruga. No início da subida para a Tartaruga, a trilha se apresenta bem erodida e íngreme, tornando-se mais suave a medida que avançávamos até a chegada a Cabeça da Tartaruga(101metros de altitude). Um local muito interessante, onde tivemos a oportunidade de estar em pleno contato com a natureza e onde existe algumas vias de escaladas e o famoso rapel negativo com quase 50 metros de descida, tudo isso emoldurado por uma magnífica vista panorâmica sem igual de todas as praias selvagens, do Grumari, do Recreio, parte da orla da Barra da Tijuca, Pedra da Gávea ao longe e de grande parte da Serra de Guaratiba. Curtimos muito este lugar, onde descansamos, lanchamos e fotografamos muito, depois descemos e seguimos para a Praia do Perigoso, uma pequena praia, com aproximadamente 150 metros de faixa de areia branca e águas límpidas, que sinceramente não faz jus a esse nome, apesar de placas indicativas alertarem os banhistas para a existência de correntes marítimas. Contam os mais antigos moradores da região e reza a lenda que a praia passou a ser assim chamada por ser rota de fuga de presos perigosos do extinto complexo penitenciário da Ilha Grande. Não caímos na água, pois não era esse o nosso objetivo, porém observamos que muitos que realizaram a trilha, desfrutaram de um revigorante banho nas águas límpidas dessa praia semi-deserta.
Depois retornamos a trilha para volta a civilização e podemos afirmar que esta aventura é considerada uma atividade de nível leve superior, exigindo alguma disposição para uma caminhada de aproximadamente 2:30h, já que o trajeto é feito em sua maior parte pelo revezamento de terrenos planos e aclives leves e acentuados. Mas indo com tranqüilidade e respeitando os limites físicos de cada um, dá para realizar todo o trajeto sem maiores dificuldades e assim aproveitar ao máximo a aventura, que sem sombra de dúvida, é uma programação imperdível!!!!
Depois de muito banho de mar e caminhadas com vistas deslumbrantes, a dica é almoçar em um dos restaurantes da Barra de Guaratiba especializados em fruto do mar.
Cabe ressaltar aqui, que mesmo proibido, observamos vários grupos acampados e muita gente fazendo a famosa fogueirinha, pondo em risco a flora e fauna local. Visualizamos também não só na praia, como na trilha um rastro de lixo deixado para trás e por toda trilha quase todas as pedras pichadas por uma variedade de cores, denunciando que região não está a salvo de um vandalismo predatório, embora a mesma faça parte da Área de Proteção Ambiental do Grumari. Não que eu seja contra o camping, pois sou adepto do mesmo, porém neste paraíso, onde a educação ambiental deixa muito a desejar, acho que uma fiscalização mais atuante é necessária.
O que levar: Bonés, chapéus ou viseiras, pois a maior parte da trilha até a Pedra da Tartaruga e praias selvagens é feita em área descampada, o que pode ser bastante desagradável em dias de sol e calor. Abuse do protetor solar e não se esqueça de levar óculos de proteção para os olhos.








































sábado, 16 de agosto de 2014

TRAVESSIA VARGEM GRANDE X ILHA DE GUARATIBA






Saindo do Largo de Vargem Grande, com os amigos do AZO, seguimos a Estrada dos Bandeirantes no sentido ao Recreio, dobramos a primeira rua à direita (estrada do Morgado) em frente ao Haras Pegasus. Seguimos a Estrada do Morgado sempre a esquerda, cruzando a ramificação sul do Maciço da Pedra Branca, que interliga a Baixada de Jacarepaguá à Baixada de Sepetiba. Realizamos a trilha, percorrendo estradinhas de terra, ultrapassando riachos, caminhos de antigos tropeiros e parte do caminho histórico por onde passou a tropa do Corsário Duclerc em 1710.
É um roteiro muito interessante, com aproximadamente 8 km de extensão, atingindo uma altura máxima de 600 m, onde caminhamos a maior parte em uma estradinha de terra bastante sombreada por grandes árvores e com algumas subidas. No percurso é possível avistar vários animais e a diversidade da flora da Mata Atlântica.
É uma caminhada leve com duração de 2:30 horas em média

Dicas:
Saída: 10h –  Est. dos Bandeirantes c/ Rua Pacuí – Fica em frente ao número 24.167 - Igreja Universal - Ônibus: 747 (Madureira - Vg. Grande), 749 (Cascadura - Recreio), 826 (Joatinga - Vg. Grande), 382 (Av. Chile – Piábas), 504 (Gávea – Piábas)