domingo, 10 de setembro de 2017

PEDRA DO PONTO / RJ


Amigos, ontem 10/09, realizei com meu filho, genro e amigos uma caminhada a muito esperada. Trata-se da trilha que leva ao cume da Pedra do Ponto, com quase 1000 m de altitude. Nascido em Campo Grande e criado em Bangu na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde menino apreciava da janela de minha casa aquela bela e gigantesca montanha, localizada no Maciço da Pedra Branca, que se estende por vários bairros da região. Aos 12 anos juntamente com meus pais cheguei ao cume pela primeira, e depois várias outra vezes também, sendo a última aos 16 anos. Eu amante da natureza e principalmente das montanhas, sempre sonhava subir novamente esta montanha, porém sempre havia algum contratempo. Todavia realizei este sonho, após 48 anos de espera. Qual a importância desta trilha pra mim? Além de ter sido a minha primeira trilha, realizada ainda muito menino, ela também marca um dado expressivo no decorrer desses meus 63 anos de vida, pois é a minha quingentésima (500) trilha. 

A Pedra do Ponto é normalmente confundida com a Pedra Branca e isso provavelmente se deve ao fato dela ser pintada de branco, mas com certeza, mesmo sendo um pouco mais baixa, a Pedra do Ponto possui uma vista muito superior que a Pedra Branca, mesmo esta sendo o ponto culminante de toda cidade do Rio de Janeiro.
Esta Pedra pode ser acessada por diversas trilhas, como as que começam em Campo Grande e em Bangu ou acessá-lo por longas travessias, como a que se inicia no Pau da Fome em Jacarepaguá e segue por dentro do parque por quase 15 quilômetros até chegar em suas encostas já próximo ao cume, porém a que proporciona uma caminhada mais bonita e prazerosa é com certeza a trilha que que começa no Núcleo Piraquara do parque em Realengo.
Nosso grupo começou a trilha no final da Rua Claudino Barata, fora da entrada do parque, por volta das 9:30h e logo no início enfrentamos uma subida bem íngreme e totalmente descampada, com um agravante, o astro-rei não dando trégua. Meia hora depois atingimos as torres de energia elétrica que cortam praticamente todo maciço e logo depois uma pedra conhecida como Morro da Bandeira, pois nela há uma bandeira do Brasil que fica sempre tremulando. Desde ponto já é possível vislumbrar o cume da Pedra do Ponto ainda bem longe e praticamente quase todos os bairros compreendidos entre Deodoro e Campo Grande. Continuando a caminhada chegamos a trilha que atualmente faz parte da Transcarioca, onde a esquerda leva você novamente ao Núcleo Piraquara e a direita em direção ao cume da Pedra do ponto. Lógico que seguimos a direita, trecho da trilha desprovida de vegetação alta, praticamente só de capim colonião, e com muito sol na carcaça.

Prosseguindo na trilha atravessando esse imenso descampado, sempre com a visão da Pedra do Ponto, paramos num belo abrigo de pedra para descansar e lanchar e de onde era possível ter uma visão de boa parte dos bairros da zona oeste no eixo Bangu x Campo Grande, incluindo o maciço do Gericinó e da Serra do Mendanha localizado praticamente bem de frente para a Serra do Bangu, na qual a trilha cruza. No trecho final encontramos ainda belas formações rochosas de curiosos formatos e variados tamanhos, além raras árvores que amenizavam nosso calor, devido a nossa intensa exposição ao sol.
E após aproximadamente 2 km desde o início do descampado, nosso grupo atingiu o cume da Pedra do Ponto. Apesar do cansaço e do forte calor, todos comemoraram a conquista desta montanha pela primeira vez, exceto eu, que comemorei mais que todos, mesmo tendo chegado ao topo desta montanha várias vezes, só que desta vez estava completando minhas 500 trilhas e voltando quase 50 depois onde realizei minha primeira trilha. Curtimos muito o cume da Pedra do Ponto, situado ao norte do Maciço da Pedra Branca, mais especificamente na Serra do Bangu, da qual é ponto culminante. Do cume é possível visualizar boa parte do parque, um pedaço do litoral da Barra da Tijuca, no extremo leste e o final da Restinga da Marambaia, no outro extremo, além dos bairros de Jacarepaguá, Realengo, Padre Miguel, Bangu, Campo Grande, Pedra de Guaratiba, entre outros. São também avistadas as principais montanhas do parque, como a Pico da Pedra Branca, Pedra do Quilombo, Pedra Grande e Morro do Lameirão, além do Pico da Tijuca, Pedra da Gávea e outros no do Maciço da Tijuca. Em dias de céu de brigadeiro, com boa visibilidade, também é possível ver também a Baía de Guanabara e bem distante a silhueta do Dedo de Deus na Serra dos Órgãos entre Teresópolis e Guapimirim.

Por volta das 13h30, o grupo resolveu retornar, entretanto, na metade da trilha decidimos seguir um caminho alternativo pela mata fechada, que termina dentro do parque. Encaramos quase 2 Km de uma descida bem acentuada, dentro de uma bem preservada Floresta remanescente de Mata Atlântica, até atingir uma pequena queda de água e depois uma pequena estrada de paralelepípedo, passando por baixo do aqueduto da Piraquara e chegar ao portão de entrada do parque, Núcleo Piraquara, final da Rua do Governo em Realengo, onde terminou nossa aventura, uma caminhada marcante para mim.
Como Chegar
Núcleo Piraquara: Chegando em Realengo o acesso é pela Praça Campo de Marte (Praça do Canhão), seguir a Rua Bernado de Vasconcelos até entrar a esquerda na Rua do Imperador, seguir na Rua do Imperador até fazer uma curva suave à esquerda para acessar a Rua dos Limites e depois entrar a direita na Rua do Governo, segui-la até o final até atingir o portão do Parque.
Núcleo Pau da Fome: Pelo largo da Taquara, entrar na Estrada do Rio Grande e seguir até o Largo da Capela, onde termina a Rio Grande. Entrar na Estrada do Pau da Fome e seguir em frente uns dez minutos até a entrada da sede. Estrada do Pau da Fome nº 4003.
Núcleo Camorim: Vindo da Barra ou de Jacarepaguá, pela Estrada dos Bandeirantes, entrar na Estrada do Camorim e seguir até o largo da Capela de São Gonçalo do Amarante. Chegando na Capela, mantenha à esquerda e siga em frente até a entrada da Subsede do Parque.
Quando Ir
Todas as estações são boas para caminhar até A Pedra do Ponto, entretanto no verão as temperaturas podem chegar aos 40°C e as tempestades são frequentes, principalmente no final da tarde. Nas demais estações a temperatura é mais amena tornando o passeio mais agradável.























3 comentários:

  1. Muito bom! também já estive aí, espero voltar em breve, pois plantei três mudas de araucárias quero ver se vingou.

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  2. Olá, boa tarde, não teria como acessar a trilha por bangu mesmo? Pois indo de ônibus pela Av Santa Cruz, vejo muitas entradas possíveis e mais perto de chegar lá. Mas não sei se é permitido a passagem, pois parece ser aberto mas vejo alguns moradores. Teria alguma entrada possível e permitida?

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  3. Amei o blog, muito bacana toda essa história. Eu sempre olhei a serra de Bangu do terraço da minha antiga casa em rocha Miranda. E sempre fui apaixonada por essa montanha. Quero ir lá mas falta oportunidade

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